19 DE FEVEREIRO ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE RIO GRANDE 271 ANOS DE HISTÓRIA




DIA 19 DE FEVEREIRO, RIO GRANDE, 271 ANOS. SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE...

POR QUE RIO GRANDE?
Em 1531, uma frota foi confiada a Martin Afonso de Souza, que tinha como objetivo expulsar os corsários franceses da Costa brasileira, além de ir até o sul do estuário do Rio da Prata e fundar um ou mais núcleos de povoamento. A navegação foi feita próxima da Costa, permitindo observações que resultariam na descoberta de vários acidentes geográficos, entre os quais a barra por onde o caudal da Lagoa dos Patos é despejado no Oceano Atlântico.
Era o dia em que o calendário eclesiástico recorda a Cátedra de Pedro, que partindo de Antioquia, chegara a Roma para iniciar, no poderoso Império, a pregação do Cristianismo. A data inspirou o topônimo equivocado: Rio de São Pedro.
Posteriormente, para diferenciar de outro rio, que levava o mesmo nome do Padroeiro da Igreja, passou a ser chamado de Rio Grande de São Pedro, devido a sua grande dimensão.

HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO

Em 1680, Portugal funda a Colônia do Sacramento, na margem esquerda do estuário do Prata, defronte a Buenos Aires.
Próximo a barra chamada do Rio Grande de São Pedro, único acesso oferecido à navegação na costa contínua, deveria estabelecer-se o núcleo pioneiro, de onde Portugal faria irradiar o povoamento, consolidando a posse da terra.

Favorecendo a infiltração de seus súditos, através de Laguna (Santa Catarina) implantada em 1684, Portugal assentara a base de ocupação do Continente de São Pedro, através de estabelecimentos de criação de gado a ocupar grandes extensões de terra. Essa ocupação fez sentir a necessidade de assistência religiosa e, antes de qualquer ação oficial, que estendesse a soberania lusitana ao Continente cobiçado, uma Provisão de 6 de agosto de 1736 criava a Freguesia de São Pedro, a abranger todo o seu território.
No dia 19 de fevereiro de 1737 o Brigadeiro José da Silva Paes, com homens de mar e homens de guerra, desembarcou na margem sul do Rio Grande de São Pedro para estabelecer as fortificações, pelas quais a soberania lusitana se implantaria na região.

Na primeira fortaleza, levantada em local julgado mais propício a operações portuárias, erigiu-se o primeiro templo. O Brigadeiro Silva Paes, devoto da Sagrada Família, deu ao Estabelecimento Militar, classificado como Presídio, o nome Jesus, Maria e José. Em seguida, com o intento de defender aquele reduto de algum ataque pela retaguarda, determinou a construção de um Forte, cerca de 3 km adiante, lá onde se estreita a ponta de terra escolhida para implantação do Presídio, entre as águas do Canal do Rio Grande e as do Saco da Mangueira.

Com o Estabelecimento Militar, deu-se consequentemente o início oficial da colonização desta região. A Freguesia transformou-se rapidamente em Povoado, graças ao impulso dado pelos colonos, provenientes das Ilhas dos Açores e Madeira, aqui chegados na década de 1750.
Em 1751, o Povoado foi levado à condição de Vila do Rio Grande de São Pedro, tendo seus limites demarcados.
Com o crescimento da Vila, em 1760 o Rio Grande, que até então estava sujeito a Capitania de Santa Catarina, passou a ser a Capital da nova Organização Administrativa, a Capitania do Rio Grande de São Pedro.
Mas os conflitos entre Portugal e Espanha, por disputa de terras no extremo sul, ainda eram constantes. Assim, a Vila foi ocupada pelos Espanhóis em 1763, que aqui permaneceram por 13 anos, quando em abril de 1776, o Governo Português reconquistou a Vila, graças a ação do Sargento-Mor Rafael Pinto Bandeira.
Em 1835, a Vila do Rio Grande de São Pedro, passou a denominação de Cidade do Rio Grande.
Com a Revolução Farroupilha, Rio Grande retornou a condição de Capital da Província, devido a transferência da Sede do Governo Imperial de Porto Alegre, ameaçada pelos Farroupilhas para o nosso Município.

Colaboração Marcelo pires Morales

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